Dia das Bruxas, por Aysha Almeé e Poderes do Feminino
” E a bruxa ? Essa figura tão cultuada no Halloween…
Digo, explico e repito :
A fantasia da bruxa deturpa, enfraquece e desmoraliza esse temido arquétipo.
É a depreciação da anciã, da sábia, da mulher velha conhecedora dos mistérios da terra. O chapéu, o nariz, a verruga e a vassoura são símbolos para mostrar outras competências que transcendem o sentido de uma simples vestimenta e personagem caricato.
O arquétipo da Bruxa foi esteriotipado de forma violenta denigrindo a imagem do feminino.
Cada mulher que aprender a honrar os aspectos essências da Bruxa está contribuindo imensamente para a construção de um novo paradigma.
A Bruxa, esse arquétipo banido, excluído e queimado precisa com urgência ser tomado novamente em seu sentido sagrado, ser incluído e abraçado.
Então o convite de hoje é : tome sua Bruxa pela mão, porque Ela nunca esteve separada de ti e saia correndo mundo adentro honrando o prazer. É o auge da luz na Terra, a vida está fértil.
É fartura, dança, rezo, movimento, sensualidade, amor, comunhão.
Aja em coerência com o Sagrado Feminino que você pratica. Não fique a margem de você mesma honrando tradições.
Talvez seja por um comportamento aprendido que você faça isso. Aprendeu com sua mãe, sua avó, nos cultos católicos. E está tudo bem com sua escolha religiosa.
Só te peço: amplie seu olhar. Observe a colonização. Consegue perceber?
Dê um passo além.
Não é mais tempo de sermos manipuladas.
Olhos abertos ao prazer hoje e sempre !
Descolonize os rituais.
Liberte seu ventre.
Transgrida os dogmas. Questione a moral.
Aliás esse é um papel fundamental da Bruxa. Transgredir. ”
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Partes do longo e belo texto de Andrea Sumé.
Feliz dia, bela megera!
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Foto do Retiro Poderes do Feminino, em maio/2016